Após voltarmos de Barro Branco, tratei de arrumar o espaço onde iria dormir: na barraca com João Lúcio e Maurício. Esta era de um tipo grande, feita para comportar até quatro pessoas. Ficaria com eles porque não havia quartos disponíveis na casa de Nem: explicou-me, assim que cheguei, que um parente os utilizava, guardando coisas pessoais lá.
Estiquei o isolante térmico entre o inflável de casal de João Lúcio e o colchonete de Maurício. A cama improvisada na barraca não oferecia nenhum conforto, pois a espessura do isolante térmico não o torna de fato um substituto do colchão; mas estava tão cansada que consegui dormir, apesar da superfície dura e da ressonância dos colegas.
A perda do gravador, no entanto, afetou-me de tal modo que sonhei nessa noite com a solução do caso: procurá-lo no pasto com a "perrada" de Diego (o garoto de Buritizinho caçador de tatus). Oferecia aos cachorros uma peça minha de roupa usada para que através do cheiro desta buscassem o aparelho. Então saíamos, eu Diego e os animais, mato afora com essa missão.
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Talvez para quem acompanha este blog não tenha ficado claro: o trecho percorrido na Estrada da Consciência, a ida a Pontal, o café na casa de Seo Valdivino, nas Pedras; o vai e vem na fazenda Cambaúba, a chegada no rancho do Nem e a visita a Barro Branco foram todos eventos de um único dia.
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