Aconteceu quando estava no hemisfério norte. Pensei: quando voltar ao Brasil vou ler Grande Sertão: Veredas.
"Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja."...
"Nonada. O diabo não há! É o que eu digo, se for...Existe é homem humano. Travessia."
"Nonada. O diabo não há! É o que eu digo, se for...Existe é homem humano. Travessia."
Riobaldo era meu único parente quando virei a última página do livro. O largo de sua memória, aquele passado gigantesco desdobrado entre palmeiras de buritis e chapadões... - Descobri então que nenhuma paisagem poderia ser mais forte, dolorida e velha que a do cerrado de o Grande Sertão: lá estava Riobaldo em toda sua lembrança; e lá estava eu, em toda minha solidão.
Passou um ano desde a leitura deste livro e minha casa continuava dentro da ficção, só encontrava eco de vida na história daquele velho jagunço. Foi quando, numa noite quieta de verão, decidi que iria conhecer a região do romance. Partiria do vazio desta cidade para os vazios que deveras tinham sentido: o sertão aonde vagava minha alma.
Perder-me na aspereza do cerrado, tornar o tempo travessia, sentir a saudade onde ela nasce, conhecer a noite onde ela dorme e o silêncio da terra que já foi mas que ainda está: eu precisava disso. Iria para o sertão de Guimarães Rosa porque ele é dentro da gente..., nos escuros.
Nossa Anitaaa! Só de ler essa primeira parte já me deu vontade de ler o blog todo. Com certeza vou lê-lo, porém aos poucos, para que eu consiga saborear, pelo menos um pouquinho, do que foi essa viagem e essa experiência única que você vivenciou. Um beijo enorme. Tenho muito orgulho de ser seu amigo e de poder trocar conhecimentos, ideias, pensamentos e experiências com você. So me enriquece!
ResponderExcluirAmo você, querido. Pessoa de luz que me enriquece tanto quanto. É uma honra ser sua amiga. Obrigada pelo carinho.
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