Coincidência ou sorte, no dia de minha visita comemorava-se a Nona Semana Nacional de Museus (evento instituído pelo IBRAM para comemorar o Dia Internacional dos Museus, 18 de maio) com uma visita agendada para senhoras da cidade de Três Marias que, entre outras atividades, ouviriam a palestra da filha de Manuelzão a falar do artesanato local e das histórias do pai – no ano de 2011, o tema da Semana era Museu e Memória. Junto com o grupo veio o jornalista Pedro Fonseca (que assina o editorial municipal Maunelzão, de publicação semanal) para noticiar. Informado de minha presença em Andrequicé, o jornalista resolveu averiguar que história de viagem era aquela: – de bicicleta pelo “sertão veredas?”
Após o almoço – no bar duas quadras acima do museu –, retornei para encontrar o jornalista. Do lado de fora, sentamos, eu no chão e ele num banquinho improvisado; com uma caderneta na mão, fazia perguntas e anotava minha fala. Constatando que viajava “por rumo”, sem saber direito que sertão buscava, Pedro me deu informações valiosas que me fizeram mudar o curso do projeto: desviaria do São Francisco alguns kilômetros para conhecer Paredão de Minas, o local da batalha final entre Hermógenes e Diadorim.
Como comentei em outros posts, não sabia que Guimarães Rosa situava suas histórias em pontos geográficos reais, cria ser tudo fruto de sua imaginação: um sertão imaginado sobre o próprio sertão. A existência dos lugares, sobretudo, tornou a viagem ainda mais necessária: o sonho em que buscava mergulhar era possível; “estava tudo ali para se confirmar”.
Pedro perguntou se havia passado na fazenda Santa Catarina, no caminho para Três Marias, e visto a vereda São José: a mais linda, segundo Guimarães Rosa. Infelizmente tinha errado o caminho e não cheguei a conhecer, disse-lhe um tanto vexada de minha incompetência – e ignorância por não saber que a fazenda Santa Catarina demarca, no livro, o lugar onde Riobaldo conhecera Otacília, sua esposa. Ficava claro que não havia me preparado para conhecer realmente os caminhos da citada obra literária.
Após a entrevista, seguimos para o fundo do museu, um quintal. Lá aconteceria a palestra de D. Maria. Enquanto esperávamos, Pedro fazia algumas fotos comigo. O neto de Manuelzão, Douglas, um garotinho de uns oito anos, me enchia de perguntas sobre a bicicleta e o capacete; queria saber como tudo funcionava. Curioso sobre o sistema de câmbio, pedia para que eu passasse as marchas para ver seu movimento; certa altura, suspendi a bike para que ele mesmo pudesse brincar com os botões e trocar as marchas.
Não me demorei a ponto de assistir a palestra, que já estava atrasada. Desejava chegar em Três Marias a tempo de lavar a bicicleta. Também era melhor dormir cedo, para garantir a energia da próxima etapa.
Após o almoço – no bar duas quadras acima do museu –, retornei para encontrar o jornalista. Do lado de fora, sentamos, eu no chão e ele num banquinho improvisado; com uma caderneta na mão, fazia perguntas e anotava minha fala. Constatando que viajava “por rumo”, sem saber direito que sertão buscava, Pedro me deu informações valiosas que me fizeram mudar o curso do projeto: desviaria do São Francisco alguns kilômetros para conhecer Paredão de Minas, o local da batalha final entre Hermógenes e Diadorim.
Como comentei em outros posts, não sabia que Guimarães Rosa situava suas histórias em pontos geográficos reais, cria ser tudo fruto de sua imaginação: um sertão imaginado sobre o próprio sertão. A existência dos lugares, sobretudo, tornou a viagem ainda mais necessária: o sonho em que buscava mergulhar era possível; “estava tudo ali para se confirmar”.
Pedro perguntou se havia passado na fazenda Santa Catarina, no caminho para Três Marias, e visto a vereda São José: a mais linda, segundo Guimarães Rosa. Infelizmente tinha errado o caminho e não cheguei a conhecer, disse-lhe um tanto vexada de minha incompetência – e ignorância por não saber que a fazenda Santa Catarina demarca, no livro, o lugar onde Riobaldo conhecera Otacília, sua esposa. Ficava claro que não havia me preparado para conhecer realmente os caminhos da citada obra literária.
Após a entrevista, seguimos para o fundo do museu, um quintal. Lá aconteceria a palestra de D. Maria. Enquanto esperávamos, Pedro fazia algumas fotos comigo. O neto de Manuelzão, Douglas, um garotinho de uns oito anos, me enchia de perguntas sobre a bicicleta e o capacete; queria saber como tudo funcionava. Curioso sobre o sistema de câmbio, pedia para que eu passasse as marchas para ver seu movimento; certa altura, suspendi a bike para que ele mesmo pudesse brincar com os botões e trocar as marchas.
Não me demorei a ponto de assistir a palestra, que já estava atrasada. Desejava chegar em Três Marias a tempo de lavar a bicicleta. Também era melhor dormir cedo, para garantir a energia da próxima etapa.
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