O local era uma fazenda, os homens estavam trabalhando; um deles parecia, digamos, o admistrador. Acalmados os cachorros, eu e os homens pudemos conversar.
Expliquei o projeto da viagem. Discutimos sobre os seus riscos. Enquanto um pensava em assalto, violência sexual e outros perigos, o outro, analisando a situação, como se chegasse a uma descoberta científica, de repente concluiu: Não, o povo vai é ajudar ela. Ninguém vai fazer mal, não! E corringindo o amigo, disse que era porque eu não estava só, estava com Deus e quem anda com Ele tem proteção.
Alguns metros adiante já era a escola que tinham me dito haver entre Buritizinho e Morro da Garça, distante uns 25km da cidade. Até Buritizinho faltavam ainda uns dez. Felizmente, depois dali a poeira acabou e logo entrei num chapadão bonito e gostoso de pedalar.
Antes um pouco, um cavaleiro de espora e sino no cavalo me acompanhou levando uma conversa sobre onça e bicicleta. Segundo ele, o IBAMA andou soltando onças na região e as pegadas estranhas que eu disse ter visto no caminho podiam mesmo ser do felino. Mas eu podia me despreocupar porque “as de Minas não atacam”, tinham medo do homem, “mas já as do Mato Grosso”...
Ainda bem que disse que estava só começando!!! parabéns mais uma vez...
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